Descrição:
É uma moto? É um avião? É uma nave espacial? Bom… na prática é um pouquinho de cada. Mesclando seu fantástico design, que parece de uma nave espacial, com o conforto de um avião, essa máquina é capaz de proporcionar sensações incríveis a quem a pilota.
Apesar de seu porte bastante avantajado, com mais de 2 metros de comprimento, pesando 268 kg, e da enorme potência, ostentando seus 210 cv, se mostra uma moto extremamente dócil, com manobrabilidade e ciclística sensacionais. Sua construção foi muito bem definida, com centro de gravidade no ponto certo, fazendo com que mesmo no meio do trânsito se tenha grande tranquilidade para conduzi-la.
Nos mais de 10 dias em que realizei os testes, rodando mais de 2.800 km, tive o enorme prazer de poder botar essa máquina no dinamômetro da oficina Center Moto, em Botafogo, no Rio de Janeiro, para aferir potência e velocidade final, e os números foram impressionantes. Com seu assustador motor 1441 cc, com quatro cilíndros em linha, a fera rendeu 213 cv, acima do declarado pela Kawasaki, e velocidade superior a 300km/h.
Para segurar isso tudo a ZX-14R conta com excelente conjunto de freios, com sistema ABS no modelo testado, capazes de proporcionar reduções bastante bruscas com total segurança. Outros componentes importantes são o controle de tração, com 3 estágios de regulagem, que tornam a pilotagem ainda mais segura praticamente eliminando, enquanto ativado, a possibilidade de patinar com a roda traseira em uma aceleração, seja em reta ou curva, e também o controle de injeção eletrônica, com as opções Low e Full, que mapeiam o sistema para entrega de potência em 75% e 100%, respectivamente.
O seu design é um capítulo à parte, com linhas que transmitem extrema agressividade e pura esportividade, associados a uma estrutura onde cada um dos seus componentes, desde a suspensão até os faróis, montam um conjunto primoroso de muito beleza e robustez. Há ainda a opção de monoposto, quando é coberto o assento do carona, fazendo a máquina ganhar um ar ainda mais esportivo.
Um ponto negativo que identifiquei na máquina foi em relação ao acabamento de montagem. Alguns detalhes, que iam de componentes da carenagem até a lanterna traseira, apresentavam falhas visíveis de encaixe, provavelmente ocasionados por deficiência na hora de montá-la.
Uma característica que me chamou bastante a atenção foi o conforto, pois com meus 1.95 m de altura esta Ninja me ofereceu um encaixe perfeito, proporcionando excelente posição de pilotagem. Mesmo em trajetos mais longos, com rodagens superiores a 500 quilômetros em um curto espaço de tempo, o cansaço foi praticamente nulo. Para pessoas mais baixas complica um pouco pois obriga o piloto a adotar uma postura extremamente esportiva, muito projetado para frente, o que pode gerar algum desconforto.